Na linguagem popular considera-se que
só algumas pessoas “têm vocação” ou, então, que só os padres e religiosas
recebem uma vocação. Às vezes em conversas até mesmo informais sobre este
assunto algumas pessoas ficam assustadas ou incomodadas. Porém, o entendimento
desta questão começa pela constatação de que todos têm uma vocação, um chamado.
Vocação é o mesmo que chamado,
escolha, predestinação. Cada pessoa é chamada por Deus para realizar algo.
Alguns certamente como padres e religiosos, mas muitos outros como solteiros ou
casados, como pais e avós, como profissionais, como membro de uma família, de
uma pastoral ou de uma comunidade de fé. Ou melhor, cada um tem uma vocação
especifica.
Falar de vocação é falar da busca por
uma vida plena que, paradoxalmente, coincide com a vida plena das outras
pessoas ao seu redor. Por isso, o discernimento da vocação sacerdotal passa por
um processo de escuta do que Deus vai propondo à pessoa. Não existe uma receita
pronta, nem fórmulas infalíveis para se chegar à resposta.
A vocação não pode ser entendida como
sacrifício, como se Deus só se alegrasse com o mais custoso, doloroso. Vocação
é um encontro de duas liberdades: a de Deus, que é livre para chamar a quem
quiser, e a da pessoa, que é livre para responder. E se o processo de
discernimento é escuta, então, torna-se essencial a confiança em Deus e na sua vontade.
Assim como o profeta Isaias (6, 1-8) soube responder o chamado de Deus, também
cada pessoa precisa aprender a reconhecer a “Voz de Deus”.
José Aparecido de
Miranda
2º ano do curso de teologia
0 comentários:
Postar um comentário